A propaganda de modernização e ampliação do Hospital Municipal de Jaguarari, com implantação de Centro Cirúrgico e Obstetrício, inaugurado no dia 6 de agosto do ano passado, e que custou aos cofres públicos cerca de R$ 2 milhões, ao que tudo indica, foi mais do que uma tentativa de promover a gestão tucana, soa também como justificativa ao alto valor empregado na ação, tendo em vista as diversas falhas estruturais diagnosticadas no Relatório de Vistoria Técnica, encomendado conjuntamente pelas Secretarias Municipais de Infraestrutura e Obras Públicas e de Saúde.
Sem desmerecer a relevância de qualquer investimento público no campo da saúde, o relatório se faz necessário para comparar o que foi aportado financeiramente na obra entregue à população com a estrutura encontrada pela nova gestão “Cuidando da Nossa Gente”.
No levantamento constam algumas informações básicas da análise produzida, nas quais falhas graves foram detectadas.
PROJETO DA OBRA x ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS – Foram avaliadas: 1. Conferência dos quantitativos dos serviços executados; 2. Avaliação da qualidade dos serviços executados em relação aos padrões exigidos nas especificações técnicas; 3. Registro topográfico das irregularidades identificadas.
DAS INCONSISTÊNCIAS APONTADAS EM RELATÓRIO TÉCNICO – No dia 8 de janeiro de 2021, os técnicos designados para a vistoria apontaram os seguintes danos estruturais: Infiltrações por toda a estrutura; corrimão mal fixado; rachaduras e depressão no piso da rampa de acesso, má instalação da grelha do ralo, causando alagamentos; bolhas de ar no piso devido ao uso excessivo de cola; infiltração no teto da sala do pós-parto; falhas na colocação do telhado e no calhamento; pedra do necrotério danificada; tinta e reboco com avarias; utilização de material inapropriado para revestimento na sala de “raio-x”; forro da sala de enfermagem com estrutura comprometida, podendo desabar a qualquer momento.
Da vasta lista, estes são apenas alguns dos diversos problemas apontados pelo Relatório de Vistoria, que colocam em suspeição não apenas a qualidade do material utilizado, a engenharia civil e como a obra foi executada, mas também o quanto a obra mal-acabada custou.
Causa espanto uma intervenção tão recente e cara já necessitar de nova reforma, o que vai onerar ainda mais os cofres públicos municipais. Gasto que poderia ser evitado, caso todos os padrões técnicos de engenharia civil tivessem sido respeitados durante a reforma milionária, empreendida pelo ex-gestor do PSDB.
O espelho do que foi colhido pelos técnicos reflete que a chamativa fachada do Hospital Municipal de Jaguarari não é capaz de esconder as falhas estruturais de um projeto mal executado, o que coloca em risco a saúde financeira do município, assim como as vidas de todos aqueles que adentram ou trabalham naquela unidade de saúde.
Assessoria de Comunicação Social
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